Então, falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo? 1º Samuel 17.26.
Verdade
Durante toda a história o povo de Deus sofreu perseguições; não foram poucas as vezes que o povo de Deus sofreu ameaças reais e em alguns casos o inimigo tinha força suficiente para dizimar o seu povo. Foi assim na escravidão do Egito, quando o poderoso Faraó dominava e até “escolhia” quem vivia e quem morria; foi assim em algumas batalhas rumo à terra prometida, em que o povo de Deus era minoria em número e em poder bélico.
O povo filisteu é um dos exemplos mais emblemáticos que a Escritura coloca sobre a fraqueza do povo de Deus frente ao inimigo nas batalhas, mostrando que os livramentos não vêm das mãos humanas, mas somente por conta do poder de Deus que se aperfeiçoa na fraqueza (2Co 12.9); humilhando os arrogantes, dando esperança de livramento e garantia de vitória do povo de Deus em todas as jornadas que a igreja sempre enfrentou.
A Escritura diz que Golias era um guerreiro, de seis côvados e um palmo de altura (1Sm 17.4), o que seria algo em torno de três metros de altura; tinha capacete de bronze, armadura reforçada, lança com ponta pesada e letal (1Sm 17.7), de forma que as tropas de Israel temiam e não viam saída diante de um gigante que afrontava o exército, a nação e ao próprio Deus, em atitudes de zombaria.
Diante disso, o que observamos nesta história não é o heroísmo de Davi, pois Deus é o herói da história; na verdade o próprio Davi percebe que a afronta maior é contra o Deus da Aliança (1Sm 17.26). Assim, Davi foi para batalha em nome de Deus (1Sm 17.45), e Deus mesmo entregou Golias nas suas mãos (1Sm 17.46), pois do Senhor é a guerra (1Sm 17.47), a força e a vitória.
Vida
E olhando para esse texto, não há como não lembrar de que a mão de Deus sempre esteve durante a história derrubando os gigantes que se levantaram contra o seu povo, a sua igreja; aliás, foi a obra do próprio Cristo que garantiu à igreja que jamais fosse abalada até a sua primeira vinda e após ela. Cristo garante que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua igreja (Mt 16.18). Portanto, podemos descansar como igreja e confiar em Jesus, pois a força necessária para derrubar os gigantes que tentam emperrar o avanço vitorioso da noiva de Cristo vem do próprio Cristo, o descendente de Davi que, na cruz, garantiu a nossa vitória.
Timóteo Sales