Em todo o tempo

Verdade

“Nunca diga nunca” ou “jamais diga sempre”, são expressões que parecem verdades absolutas, mas que não se aplicam a algumas convicções garantidas pela Escritura: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.38-39).

Assim, nesta mesma perspectiva, Davi, “quando se fingiu de amalucado na presença de Abimeleque”, afirmou que em todo o tempo os seus lábios louvariam ao Senhor (Sl 34.1), mas isso não era uma arrogância, prepotência ou qualquer tipo de autoconfiança, mas era uma convicção baseada na aliança, já que a referência ao SENHOR era a Yahweh, o Deus da Aliança.

Davi tinha a consciência de que a constância e a convicção do “sempre” se dava por conta do Deus que acolhe e livra (Sl 34.4); da certeza de que ele ouve e envia seus anjos para acamparem-se ao nosso redor (Sl 34.7); da garantia da provisão (Sl 34.10); do seu caráter presente e maravilhoso mesmo sendo pecadores (Sl 34.18); da garantia final de resgate da nossa alma e livramento da condenação (Sl 34.22).

Diante disso, não há dúvidas de que é possível abrir os lábios e dizer: “nunca, jamais, alguém ou algo nos separará do amor de Deus”; ou ainda: “em todo o tempo, sempre, bendirei o Senhor, louvarei com meus lábios, até o último dia”.

Vida

Pois estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em nós, há de completa-la até ao Dia de Cristo (Fp 1.6), o último Dia; Dia em que os nossos lábios iniciarão um louvor aperfeiçoado, belo, santo e eterno; Dia em que experimentaremos louvar face a face aquele que é o nosso louvor (Dt 10.21), o arrimo (amparo, apoio) da nossa sorte (Sl 16.5); Dia em que iniciaremos um louvor pleno, alegre e para sempre, diante daquele que nos concedeu tamanha salvação, Jesus Cristo. Que desde já os nossos lábios louvem em todo o tempo àquele que é o nosso Rei.

Timóteo Sales