3 Diz o tolo em seu coração: “Deus não existe”. Salmo 14.1 Verdade Com o desenvolvimento da ciência, algumas pessoas enxergam o ateísmo como uma grande novidade na história. Mas quem imagina assim, na realidade desconhece tanto a natureza humana quanto a própria história. Tentar negar a existência de Deus não é uma exclusividade dos nossos dias, o salmista há milhares de anos já apontava para esta anomalia da humanidade; anomalia pois fomos criados por Deus com o senso do divino, e isso não dá para tirar como tiramos um chip em um aparelho eletrônico, pois faz parte da nossa essência. O que ocorre é que o homem é caído, corrompido pelo pecado, sem entendimento, e sem nenhuma bondade ou desejo de buscar o Deus verdadeiro da forma que lhe agrada. O salmista aponta que todos se extraviaram e se corromperam, de modo que não há um justo sequer (Sl 14.3), e esta situação faz com que o coração, enganoso e orgulhoso, não conceba a ideia de ter alguém soberano e maior do que ele. É por isso que diariamente alguém que se diz ateu tem a necessidade de negar a existência de Deus para si mesmo ou para outros, e fazem isso ou no silêncio do coração, ou por redes sociais, afrontas diretas a amigos ou pessoas quaisquer. Calvino vai dizer, nesta perspectiva, que não existe um ateu real, pois até mesmo um insensato ou tolo (como diz o salmista) tem o senso de Deus impresso no seu coração, e quando este senso pulsa alto, há um impulso repulsivo de dizer: “Deus não existe”. Diante disso, destacamos ainda que o ateísmo não se limita aos que afirmam a inexistência de Deus, mas a tolice nos alcança quando agimos como se ele não existisse, quando ignoramos a sua Palavra, quando damos ouvidos a voz do coração ao invés de dar ouvidos à sua Palavra, quando agimos contrariamente à sua lei. Vida Para os ateus, a Escritura deixa claro que a paz real não existe, pois o pavor os cerca quando a bondade de Deus é vista com os justos (Sl 14.5). Porém para os justos, não os inerentes, mas os justificados em Cristo, há refúgio certo em Yahweh, o Deus da Aliança (Sl 14.6), há salvação garantida, restauração completa, exultação e alegria (Sl 14.7). Ainda há tempo de abandonar o orgulho, de aceitar a vontade soberana de Deus, mesmo que contrária ao nosso desejo, e arrepender-se das tolices, rogando o perdão de Deus; pois em Cristo, ele graciosamente acolhe nos braços, e dá o verdadeiro sentido da vida mesmo ao mais tolo e pecador como eu. Timóteo Sales Recent Posts0894 – Pais ComprometidosPais Comprometidos0893 – Amor ao dinheiro