Verdade
Infelizmente um falso evangelho se infiltrou no meio dos evangélicos nos últimos anos; um falso evangelho que promete saúde, dinheiro e prosperidade em todas as áreas da vida. Além de ser um grande equívoco em relação a Escritura, este falso evangelho traz um grande dilema, é que além de não trazer prosperidade, a vida cristã geralmente traz mais lutas; pois o justo é perseguido por causa da justiça (Mt 5.1-12), as aflições chegam à nossa porta (Jo 16.33), e ainda mais, os perversos, por vezes, prosperam.
É este último problema que é destacado por Asafe em seu salmo. Ele relembra um momento em que o seu coração ficou inquieto quanto a este tipo de situação. E ainda hoje é assim, pois ao observar os perversos, eles parecem não ter preocupações ou doenças (Sl 73.4), são arrogantes e violentos (Sl 73.6), zombam de Deus (Sl 73.9), e mesmo corruptos, parecem nunca serem pegos, pelo contrário, prosperam financeiramente (Sl 73.12).
Por outro lado, se comparar ao perverso parece uma pesada tarefa, pois Cristo nos chama à uma vida de renúncia, e por vezes a renúncia dos próprios familiares, que se voltam contra aqueles que honram a Deus.
Mas o salmista, ao refletir, lembrou-se da adoração, do culto ao Senhor, do seu Santuário (Sl 73.17); recordou-se das promessas de bênçãos e maldições destinadas aos filhos de Deus e aos perversos, respectivamente. Para os perversos, os lugares escorregadios e propensos às quedas são as bases do seu alicerce (Sl 73.18), o medo e o pavor da morte os cercam, e o iminente juízo de Deus é o fundamento dos seus travesseiros.
Vida
Quanto ao povo de Deus, longe de desejar prosperidade financeira, ele é acalentado com a real presença de Deus segurando a mão direita (Sl 73.23), guiando com seu conselho e o recebendo na glória (Sl 73.24). Portanto, bom mesmo é estar ao lado daquele que é o Maravilhoso Conselheiro (Is 9.6), que é o arrimo da nossa sorte (Sl 16.5), aquele que está conosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28.20), Jesus Cristo; bom é estar junto a ele, pondo nele o refúgio, para proclamar todos os seus feitos (Sl 73.28).
Timóteo Sales