E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Efésios 5.11.

 

Verdade

Certamente você já se espantou ou já viu alguém se espantar diante do relato de uma conversão de alguém que andava em caminhos muito tortuosos. O apóstolo Paulo é um exemplo disso, e ele sabia exatamente a escuridão que andou, a ponto de se considerar o maior dos pecadores (1Tm 1.15). Paulo escreve na mesma direção aos Coríntios, e fala que muitos deles haviam cometido pecados horrendos (1Co 6), mas Cristo os libertara. Assim, ele ressalta a grande diferença que há entre as Trevas e a Luz, entre a vida de trevas e quem somos em Cristo (Ef 5.8-14).

E diante disso, um detalhe precisa ser ressaltado, o servo de Deus não mais vive como vivem os que não conhecem a Deus, a sua lida com o pecado não é mais irrelevante, e como diria um grande amigo, “não há mais convivência pacífica com o pecado”. Não podemos jamais ser “cúmplices nas obras infrutíferas das trevas”, o nosso dever é de reprova-las.

É no mínimo estranho alguém que afirma ser servo de Deus, que se diz imitador de Deus (Ef 5.1), ter uma relação displicente diante do pecado, e ainda mais, de cumplicidade; a Escritura alerta para o fato de nem se nomear certas coisas (Ef 5.3), de não sermos participantes com os ímpios de práticas reprováveis (Ef 5.7), pois não somos mais trevas, logo, a cumplicidade com suas obras, que não geram frutos, não condiz com a luz que agora afirmamos andar.

Vida

A tarefa de reprovar aquilo que Deus reprova não é fácil, por vezes nos sentimos tão comprometidos com quem pratica estas obras que nos sentimos constrangidos em dar uma palavra mais dura, porém, por vezes, necessária. Diante dessas situações, olhe para Cristo, que reprovou a mulher adúltera (Jo 8.11), a mulher samaritana (Jo 4.18), os fariseus (Mt 3.7, 23.33), e o próprio discípulo Pedro, pois tornara-se repreensível e fez uma sugestão infrutífera das trevas da mesma forma que o próprio Satanás (Mt 16.23). Cristo jamais manteve uma convivência pacífica com o pecado, pelo contrário, recebeu em si as agonias provenientes dos nossos pecados, e mesmo quando fortemente tentado, não cedeu, mas seguiu a santidade.

Timóteo Sales

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