Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Salmo 119.97.

 

Verdade

Quando enfrentamos crises financeiras um dos primeiros itens que passamos a dar mais valor são os alimentos; tentamos abrir mão de muitas coisas que consideramos dispensáveis, mas um dos últimos itens que cogitamos alterações é a comida. Nos preocupamos com os possíveis resultados de uma má alimentação; além da própria privação de se abster de pratos que gostamos, os resultados indesejáveis de uma dieta insuficiente podem ser desastrosos.

Na vida espiritual não é diferente. Os resultados podem ser desastrosos quando optamos por uma inversão de prioridades, principalmente em tempos de crise espiritual. Um servo de Deus dificilmente afirmaria ser insignificante o amor à Palavra, o gosto pela oração ou a importância que tem a regularidade dos exercícios devocionais; se abster destes “pratos” que gostamos ou ao menos afirmamos gostar, certamente trará prejuízos espirituais.

O salmista tinha essa consciência, ele sabia da necessidade de meditação diária na lei de Deus; e ainda mais, ela era objeto do seu amor. Mas o amor dele não era visto apenas em palavras, era expressado na sua meditação diária, pois a lei de Deus é o alimento da verdade (Sl 37.3) e deve ser nosso objeto de meditação de dia e de noite (Js 1.8). Pois assim como o alimento traz prazer aos lábios, nutrientes ao organismo, vigor ao corpo, a vida devocional, diligente, regular e espiritual, é instrumento da graça de Deus que traz prazer ao coração, vigor espiritual e alimento para a alma.

João Calvino falava da hipocrisia daqueles que afirmam amar a lei de Deus, mas não se dispõem a experimentar desta lei diariamente em devocional. Aliás, feliz aquele que “tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.2), feliz aquele que alimenta a sua alma com a bendita lei de Deus, aio que serviu de condutor até Cristo (Gl 3.24).

Vida

Jesus Cristo, durante a tentação no deserto, “depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome” (Mt 4.2), e diante disso, o evangelista Mateus diz que o diabo se aproximou e o tentou a transformar as pedras em pães para o alimento físico. Mas a resposta de Jesus nos dá a direção certa acerca da nossa realidade espiritual; somos totalmente dependentes da Palavra de Deus assim como somos fisicamente do “pão de cada dia”; ele disse que “não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4), e responde isso usando da própria Palavra de Deus como resposta (Dt 8.3). Sabemos que o ensino, a repreensão, correção, educação na justiça (2Tm 3.16) são encontrados na Escritura, pois elas testificam de Cristo. Como então não amar esta bendita lei? Como negligenciar diariamente a Cristo? Ele é o verdadeiro alimento para a nossa alma!

Timóteo Sales

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