Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. Tiago 4.13-16.
Verdade
Fomos criados à imagem de Deus, e isso nos lega capacidades não dadas a nenhum outro animal na criação. Uma destas capacidades é o planejamento. Nós não planejamos apenas como caçar uma presa, como algum animal possa fazer, mas nós planejamos dias, décadas ou toda uma vida; traçamos metas, sonhamos, cogitamos, sentimos, raciocinamos, buscamos os melhores caminhos aos nossos próprios olhos.
Por sermos criados à imagem do Deus que projetou a história, não há problemas em sonhar, planejar, realizar projetos. Pelo contrário, devemos fazer isso. E se temos a certeza de que Deus nos criou com esta característica, não resta dúvidas de que ele mesmo nos dá o direcionamento de como deve ser o nosso planejamento. E o texto que acabamos de ler faz pelo menos três alertas obrigatórios aos servos de Deus quanto aos planos que fazemos: alertas quanto à arrogância, brevidade da vida e a confiança em Deus.
A palavra que foi traduzida por jactais, tem o sentido de vanglória, exaltação. Tiago fala dos que se exaltam por seus projetos, e acrescenta que a vanglória é por pretensões que revelam apenas uma coisa: “arrogância”; algo de procedência maligna (Tg 4.16). A segunda palavra que destacamos é a brevidade. A questão que levantamos é que antes de planejarmos precisamos ter consciência da “brevidade da vida”. Fazer planos sem considerar a brevidade da vida é esquecer que Deus é o controlador do tempo (Tg 4.14). A terceira palavra é a palavra confiança; não a confiança em si, muito pelo contrário, é a confiança na vontade do Senhor. É a ideia de depositar a nossa confiança no Senhor (Tg 4.15).
Vida
Cristo deve estar no centro dos nossos planos. Ele é não só o exemplo de quem fez todas as coisas em submissão à vontade do Pai, mas é o exemplo de quem deu a vida em nosso lugar, dentro de todo um planejamento divino e eterno, que por graça nos alcançou e nos legou o dever de depender da sua vontade em todos os nossos planejamentos.
Timóteo Sales