O apóstolo João escreveu seu evangelho já no final do primeiro século, quando todos os demais apóstolos já estavam mortos, e mortos pelo viés do martírio; ele escreveu este evangelho quando os outros evangelhos, Mateus, Marcos e Lucas, já circulavam na igreja há mais de 20 anos. Ele escreveu este evangelho para defender a fé cristã de um ataque frontal, de uma heresia perigosa chamada gnosticismo, que estava negando a divindade de Jesus Cristo, e ele escreve este evangelho para provar uma tese de que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, sem deixar de ser verdadeiramente homem. Então, João, como que abrindo as cortinas da eternidade, acende as luzes do palco da história para apresentar-nos Jesus, e ele apresenta-nos Jesus assim, “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus”.

Já de início ele nos afirma que Jesus preexiste ao tempo, preexiste ao começo, preexiste a criação, porque no princípio era o Verbo, esse verbo ser ai está no pretérito imperfeito, e significa que quando tudo teve um princípio o verbo já existia, se ele já existia antes do começo, ele é eterno, e a eternidade é um atributo exclusivo de Deus, o Verbo é eterno, Jesus é eterno, ele preexiste ao tempo, ele preexiste à criação. João diz que ele estava com Deus, e essa expressão diz que ele estava face a face com Deus, se Deus é uma pessoa, e Deus é, e se Jesus, o Verbo divino pré encarnado estava face a face com Ele, logo ele não é um ser impessoal como pensavam os gregos, mas ele é um ser pessoal, da mesma essência, e da mesma substância de Deus, Ele é Deus de Deus, Ele é luz de luz, ele é co-igual, ele é co-eterno e ele é consubstancial com o Pai.

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Mas João vai além no verso primeiro e diz “… e o Verbo era Deus..”, não um ser inferior a Deus, não um ser apenas superior aos anjos, mas um ser da mesma essência de Deus, tendo os mesmos atributos de Deus, realizando as mesmas obras de Deus, e eu preciso concordar com o grande pensador cristão C. S. Lewis quando disse: “Com respeito a Jesus, eu só tenho três opções, ou ele é um mentiroso, ou ele é um lunático, louco, ou ele é Deus”, se ele não é quem ele disse ser ele é um mentiroso, se ele não é quem ele pensou ser, ele é um louco, mas se ele é quem ele disse ser, bom, então ele é Deus. Pois Jesus Cristo diz “Quem me vê a mim, vê o Pai, porque eu e o Pai somos um”, então João de início já começa dizendo que o verbo é eterno, é pessoal, e é divino, e João prossegue e diz assim: ” Ele estava no princípio com Deus”, a pergunta é que princípio? No princípio criou Deus os céus e a terra, quando os céus e a terra foram criados, o nosso glorioso redentor Jesus Cristo, Verbo divino, estava lá, mas não estava lá passivamente, pois o verso 3 diz: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sem ele nada do que foi feito se fez”, logo, concluímos quatro coisas muito importantes.

Primeiro, a matéria não é eterna como pensavam os gregos, a matéria foi criada e criada pelo nosso glorioso redentor, este mundo é feito de matéria e energia, matéria e energia não criam a si mesmas, este mundo é governado por leis, leis não formam a si mesmas, logo alguém fora da matéria, maior do que a matéria, criou a matéria e estabeleceu leis pra governar o universo que ele mesmo trouxe a existência.

Mas em segundo lugar, este mundo não é resultado de uma geração espontânea, este mundo não deu a luz a si mesmo, este mundo não pariu a si mesmo, este mundo não veio a existência por modo próprio; o mundo foi criado, e criado pelo nosso glorioso redentor.

Terceiro, este mundo não é fruto de uma explosão cósmica, a teoria do Big Ban não tem amparo na verdade, o caos não produz o cosmos, a desordem não produz a ordem, seria mais fácil eu acreditar que jogando pro espaço um bilhão de letras elas caíssem como uma grande enciclopédia, do que acreditar que uma mega explosão produziu esse universo tão vasto, tão insondável, com leis tão precisas e com movimentos tão cirúrgicos, talvez precisa admitir que é preciso ter mais fé pra ser um ateu que pra ser um crente, este mundo foi criado, e criado pelo nosso glorioso redentor.

Pense comigo, não foi uma explosão que nos deixou aqui no planeta Terra, nós estamos onde devíamos estar, se o nosso planeta estivesse mais perto do sol, nós morreríamos queimados, se ele estivesse mais longe do sol, nós morreríamos congelados, não, não foi uma explosão que nos deixou aqui, foram as mãos do nosso glorioso redentor.

Quarto lugar, este mundo não veio a existência por causa da evolução de milhões e milhões de anos, a 160 anos em 1859, Charles Darwin publicava o seu livro, “Origem das espécies” em Londres, na Inglaterra, de lá pra cá a chamada teoria da evolução tem sido ensinada como uma verdade científica, nas escolas e universidades, mas falta ali entretanto a evidência das provas, o criacionismo não é artigo de fé, o criacionismo é artigo de ciência, o que nos cremos pela fé é que este mundo que foi criado, foi criado pelo nosso glorioso redentor, todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez.

João ainda prossegue e diz que a vida estava nele, versículo 4, e a vida era a luz dos homens, tudo que existe só existe porque recebeu vida dele, anjos, homens, animais, o universo, enfim, o próprio fato de você estar vivo é uma prova absoluta da existência de Jesus Cristo, nele vivemos, nos movemos, e existimos, ele quem nos dá respiração e tudo mais, então, ele é o autor da vida, ele é o doador da vida, a vida estava nele.

Alguém pergunta, mas quem criou Deus? Ninguém, ele não foi criado, ele é o Criador; alguém pergunta, mas quando ele passou a existir? Ele é o Pai da eternidade, ele é a verdadeira luz que é vinda ao mundo e ilumina todo homem, e a Bíblia diz a luz resplandece nas trevas e as trevas não prevalecerão contra ela, eu nunca vi em você, em lugar nenhum, a luz ter medo das trevas, por mais trevosa que seja a treva, quando a luz chega a treva precisa fugir, porque a luz prevalece sobre as trevas, quando Jesus chega as trevas da ignorância, do pecado, do vício, das mazelas humanas, precisam bater em retirada, porque ele é o Salvador, ele é o Libertador, ele é a luz verdadeira, que vinda ao mundo ilumina a todo homem, João está provando uma tese, Jesus Cristo é Deus, porque ele tem os mesmos atributos de Deus, e ele é Deus porque ele realiza as mesmas obras de Deus, ele é o Criador, e ele é o doador e mantenedor da vida. Eu espero que agora, neste mês de dezembro você celebre as festas natalinas, voltando-se para Jesus, verdadeiro Deus, Verdadeiro homem, digno da nossa adoração.

 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” João 1:1-5

Rev. Hernandes Dias Lopes

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