Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. João 19.30

 

Verdade

A sensação de se terminar um empreendimento é gratificante, principalmente aqueles que requerem de nós bastante esforço. Mas realmente jamais teremos noção profundidade do sentimento que houve em Cristo, “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.6-8). E mesmo quando somos exortados por Paulo a ter o mesmo sentimento, ele fala da necessidade de humildade e não da profundidade e complexidade da obra redentora.

As profecias já falavam a respeito deste momento, em que ele “ele veria o fruto do penoso trabalho de sua alma” e ainda que ele ficaria satisfeito (Is 53.11), o que nos aponta para uma total consciência de todos os atos que envolveram a sua obra completa, desde encarnação até o último suspiro.

Diante disso, quando observamos o seu brado “está consumado!”, precisamos entender que o que Cristo diz na cruz foi uma expressão do vislumbre do penoso trabalho de sua alma, de completude, e conforme o texto grego, a palavra aponta para uma ação já concluída, consumada, mas que traria efeitos duradouros, permanentes, eternos.

Em resumo, ao exclamar “está consumado” Cristo afirma em alto e bom som que a obra que garante a nossa redenção, a expiação dos nossos pecados estava concluída e ninguém, nunca, jamais, poderá separar-nos dos resultados desta que foi a maior expressão do amor de Deus pelo seu povo.

Vida

Está consumado não foi uma afirmação feita pelo evangelista João, não foi uma afirmação dos algozes, que vendo a morte de Jesus, decretaram que a obra da crucificação estava feita e que o imperador ficaria satisfeito, é, na verdade, uma palavra que saiu dos lábios do nosso Redentor, afirmando que a obra que garante a nossa reconciliação com Deus, a nossa paz com o Pai, o nosso consolo pelo Espírito, o perdão de todos os nossos pecados, foi cravado, consumado, eternamente na obra da cruz.

Timóteo Sales

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