Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem

Verdade

Quando estamos envolvidos em um problema que requer uma atitude de “perdão”, até o nosso semblante muda. Perdão é um dos temas mais difíceis de lidar. Os que não temem a Deus pregam relacionamentos descartáveis, ensinam a desfazer laços fortes e antigos, às vezes por motivos graves como um assassinato ou banais como um “eu acho que ele ou ela quis dizer isso de mim”. Somos tantas vezes egoístas e mimados, e por vezes construímos um trono intocável, em que o perdão não tem direito à palavra.

Mas apesar de ser essa a condição humana devido à queda, não foi assim que aprendemos com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele mesmo nos deixou o exemplo do perdão em quaisquer circunstâncias, mas não apenas isso, ele dá o próprio exemplo perdoando os seus assassinos, refletindo o seu caráter misericordioso e perdoador. Não foi à toa que a primeira palavra de Cristo na cruz, registrada pelos evangelistas, foi uma palavra de perdão!

O perdão de Cristo aos seus algozes nos deixa ao menos três lições imprescindíveis à vida cristã: primeira, nos deixa clara a nossa obrigação em perdoar em quaisquer circunstâncias. Segunda, demonstra a coerência da sua pregação. Terceira, reflete o seu caráter misericordioso.

O perdão de Cristo àqueles malfeitores demonstra o caráter perdoador da sua morte voluntária. Jesus nos ensina a perdoar em qualquer circunstância, ele mesmo perdoou e recebeu a pena que nos traz o perdão de Deus, o nosso perdão passa pela cruz.

Vida

Portanto, não há justificativas para uma vida cheia de amargura, rancor, falta de perdão. A Escritura nos ensina que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19), e diz ainda que é nosso dever perdoar uns aos outros, como também Deus, em Cristo, nos perdoou (Ef 4.1-2); portanto, a primeira Palavra de Cristo na cruz mostra o caráter perdoador de Cristo e nos ensina o dever de perdoar.

Timóteo Sales