“Esqueceu-se Deus de ser benigno?” Salmo 77.9

 

Verdade

Às vezes nas turbulências da vida podemos ter a sensação de que Deus se esqueceu de nós. Essa sensação não é uma exclusividade nossa; diversos relatos na Escritura mostram o clamor do povo de Deus, que, no meio da “tempestade”, por ter um coração falho, chega a duvidar das promessas de Deus, a questionar sua fidelidade, cogitar a desatenção divina para com seu povo, ou ainda questionar seus atributos como a sua bondade, misericórdia, benignidade, graça.

Os próprios discípulos estavam em um barco com Jesus quando a tempestade chegou, e os discípulos, que conheciam as águas e eram acostumados aos ventos e intempéries comuns a pescadores, acordaram Jesus e lhe disseram: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Mc 4.38).

É verdade que a causa destes questionamentos é a nossa incredulidade, a nossa pequenez, a nossa pouca memória, que acaba “apagando” da nossa mente que a bondade e misericórdia nos seguem todos os nossos dias (Sl 23). O Senhor disse por intermédio do profeta Isaías: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim” (Is 49.15-16). Deus se lembra da bondade e misericórdia sobre seu povo.

O salmista (Sl 77) teve também um momento de incredulidade, mas do mesmo modo que o profeta Jeremias recorda do que pode dar esperança (Lm 3.22), o salmista, pela graça de Deus, diz: “recordo os feitos do SENHOR” (Sl 77.11), “com o teu braço remiste o teu povo” (Sl 77.15); e, de fato, a redenção é a maior expressão de que Deus jamais esquece do seu caráter de bondade, afinal, Deus é bom.

Vida

O salmista encerra dizendo que Deus conduziu o seu povo como rebanho (Sl 77.20), expressão de bondade daquele que é o nosso supremo bom Pastor. Deus nos conduziu em vitória na obra de redenção na cruz, ele não poupou o seu próprio Filho, antes, benignamente o entregou por nós (Rm 8.32), essa é a prova maior de que Deus se lembra de ser benigno!

Timóteo Sales

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