Salomão estava consagrando o Templo de Jerusalém, quando ele coloca-se diante de Deus em oração, pedindo a intervenção de Deus em situações; as mais diversas de crise, de fome, de seca e de guerra. E quando ele termina esta oração, Deus diz pra ele que ouviu a sua voz, ouviu a sua oração e atenderia o seu pedido. E então, o texto lido retrata para nós que, diante das crises da vida, se o povo de Deus se voltar para Deus com o coração quebrantado, em oração, Deus ouve, Deus atende, Deus perdoa, Deus sara a sua terra. É com base nesta gloriosa passagem de 2º Crônicas 7.14 que eu gostaria de ponderar com você três lições preciosas aqui. Primeiro, quem nós somos; o texto começa dizendo: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome”. Nós somos o povo de Deus; apesar das nossas crises, dos nossos deslizes, dos nossos fracassos, dos nossos avanços e recuos, nós somos o povo de Deus. Deus é o Deus que firmou conosco aliança eterna, mesmo quando nós pecamos, o entristecemos, e mesmo quando nós somos disciplinados por Deus, não deixamos de ser o povo de Deus. Que amor glorioso, que amor eterno, que amor antigo, que amor perseverante, que amor sacrificial!
Mas note que ainda o texto disse: “o meu povo que se chama pelo meu nome”. Deus é a nossa própria identidade, o povo de Deus é o povo que na hora da dificuldade clama pelo nome de Deus, anseia pela presença de Deus. A maior necessidade da igreja, maior necessidade sua e minha não é de coisas, nem mesmo das próprias bênçãos de Deus, a maior necessidade nossa é da própria presença de Deus. Nós somos o povo que clama pela presença de Deus, a presença de Deus é melhor do que as próprias bênçãos de Deus. Quero ilustrar isso para você: quando o povo de Israel caminhava pelo deserto, houve um momento em que o povo pecou contra Deus; Deus virou contra o povo, e Deus disse para Moisés, eu não irei convosco, eu enviarei um anjo, eu darei a vocês a terra prometida, mas eu não irei convosco; e moisés respondeu para Deus: Senhor, se tu não fores conosco, não nos faça subir deste deserto, porque um anjo é muito bom, mas um anjo não substitui a tua presença; a terra prometida é tão necessária, mas a terra prometida não é nada sem a tua presença, a maior necessidade nossa é da tua presença, nós somos o povo que clama pela presença de Deus.
Mas esse texto tem uma segunda lição, não apenas quem nós somos, mas o que nós devemos fazer; e o texto diz assim: “se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar”; nós precisamos nos humilhar sobre a poderosa mão de Deus. Sabe por quê? Porque Deus resiste aos soberbos. Nada ofende mais a santidade de Deus do que a altivez de coração, do que alguém se sentir arrogante na presença de Deus, seja pela exposição dos seus supostos méritos ou decantando as suas obras. Nós, reconhecendo o nosso pecado, precisamos nos humilhar, porque a Bíblia diz que Deus, que habita no alto e sublime trono, não rejeita aquele que é abatido e contrito de coração.
Mas ainda, o texto diz que nós devemos fazer outra coisa, se o meu povo orar. Todos os aviamentos da história nasceram do útero da oração; é quando a igreja ora, é quando a igreja anseia por Deus, é quando a igreja tem prazer e pressa para ter intimidade com Deus, é quando a igreja tem sede, e é como terra seca, que aí Deus derrama das torrentes dos céus; Deus da água ao sedento, a igreja precisa conhecer a intimidade de Deus e desfrutar desta atividade através da oração, porque o avivamento vem em resposta à oração; onde não tem oração, não tem sede de Deus; onde não tem sede de Deus, não tem água para o sedento; onde a terra não está seca, não tem as torrentes que jogam do céu para trazer restauração.
Mas tem mais, o texto disse o meu povo me buscar e se converter dos seus maus caminhos. Muitas vezes, na própria igreja, há pecados terríveis que ofendem a santidade de Deus; a nossa relação com Deus deva ser uma relação dinâmica, de constantemente revemos os nossos caminhos e nos voltarmos para o Senhor, porque este é um mandamento e a ordem divina. Se o meu povo se converter dos seus maus caminhos; é hora de você examinar o seu coração, o que é que você está fazendo que não deveria fazer? O que é que você está falando que não deveria falar? O que é que você está deixando de fazer que deveria fazer? O que é que você está nutrindo no seu coração, como desejos que não são dignos da santidade de Deus? Esses maus caminhos precisam ser abandonados, você precisa ter coragem e humildade de romper com o pecado, de romper com o vício, de romper com aquilo que entristece o Espírito Santo, e que ofende a santidade de Deus; esse é o nosso papel, nós não produzimos avivamento, mas precisamos preparar o caminho do Senhor para que ele se manifeste. Nós precisamos aterrar os vales, nivelar os montes, endireitar os caminhos tortos e aplainar os caminhos escabrosos, então toda a carne verá a salvação de Deus.
Mas a terceira lição desse texto não é apenas quem somos e o que devemos fazer, mas a terceira lição é o que Deus nos promete. E está escrito assim: “então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. Deus é o Deus que ouve, Deus é o Deus que perdoa, Deus é o Deus que restaura, Deus está mais interessado em restaurar a sua igreja do que a sua igreja em ser restaurada, Deus está mais interessado em trazer sobre nós um alento de vida, um poderoso reavivamento espiritual, do que nós em receber este avivamento. Se nós ainda não recebemos este avivamento, é porque nós ainda não preparamos o caminho do Senhor para que ele se manifeste. Ah! Como nós precisamos de um reavivamento espiritual! Como a igreja Brasileira precisa de um reavivamento espiritual! De um sopro divino, de uma torrente vinda do céu trazendo restauração, trazendo renovo, trazendo vida plena e abundante. Nós precisamos de cura, a nação Brasileira precisa de cura, a família Brasileira precisa de cura, a igreja evangélica Brasileira precisa de cura, você e eu precisamos de cura, e Deus está nos dizendo: “se nós nos voltamos para ele, ele se voltará para nós, trazendo cura e restauração.
“Assim, Salomão acabou a Casa do Senhor e a casa do rei; tudo quanto Salomão intentou fazer na Casa do Senhor e na sua casa, prosperamente o efetuou. De noite, apareceu o Senhor a Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” 2º Crônicas 7.11-14
Rev. Hernandes Dias Lopes